quarta-feira, 2 de julho de 2008

X acha que Y está ocupado demais e um tanto distante pela pouca atenção que lhe dispensa
Y acha que X interfere de maneira pouco confortável quando demonstra insegurança.
na verdade X e Y não andam se "encontrando" muito ultimamente:
amigos de um, não são amigos de outro. Sendo assim, dificilmente X encontrará Y fortuitamente. (Nesse caso o destino pouco poderá ajudar)
O fato é que X andou meio confuso com a ruptura da comunicação estabelecida com Y até então. Posso ser mais sucinto pois diante de fatos não existem argumentos.
Y vive a condição de uma constante autopunição porque considera que seu tempo foi perdido muitas vezes. X vive o otimismo de achar que seu tempo "perdido"na verdade lhe trouxe novo fôlego e por isso não seria real dizer que X pensa da mesma forma que Y.
X e Y moram na mesma cidade e conhecem um ao outro ao ponto de terem trocado endereços e telefones (o que torna essa possibilidade de X não mais encontrar Y por mais alguns pares de anos um pouco mais dolorosa). Y se sai muito bem na arte sêca do carisma cítrico, X divaga e se abate com as ríspidas respostas.
X está mais frágil e entregue a um vácuo do tempo.
Y é a incógnita que X quer nomear.
(E cada vez mais distantes um do outro, X e Y seguem -mais e mais- longe nesse plano cartesiano)

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