quarta-feira, 2 de julho de 2008

bolha

Corro pro papel toda a vez que não sei o que fazer com as lembranças...."é fácil fazê-la entender"

queria começar uma história pelo fim mas não cosigo.Me arrumo com a mesmas roupas e há anos procuro me livrar das marcas do tempo. Pra sempre alguns anos a menos. Um luto nesse coração apertado na garganta abarrotada de versos.

Com as duas mãos espalmadas sobre a mesa vejo o esmalte vermelho que pinta a ponta dos meus dedos. Também uso um batom que deixa os lábios mais grossos (era o que prometia o cosmético). De saia e blusa acho que vou te encontrar na primeira esquina e não encontro. Meu cabelo também, arrumo cachos fora do lugar uso um brilho nos olhos que veio da última luz do sol. Ainda bonita, ainda sonhando mas ainda um coração que não foi atendido nos seus pedidos mais secretos. Pulso que pulsa...............enfim, encontro resposta no teu silêncio. E é sempre nesse momento bolha de sabão no firmamento que tudo o que poderia ter sido dito se desfaz no prisma que independe, que se arrisca pra colher e explodir em gotas no nariz do palhaço no sinal fechado da sinaleira. Minha alma, bolha prisma no nariz do palhaço brincando com a altura e se perdendo na brisa da tarde. Tem um colorido no cabelo da menina, ele diz. Ela, ganha as ruas da cidade enquanto o trânsito flui por entre luzes e prédios. Como pode uma bolha de sabão feito de alma colorida como prisma subir além dos prédios?Como chegar no elevador que me levará para além dessa cidade? Se quiser uma senha para entrar terás de chegar cedo e ser merecedora de tanto benefício, heim? Tá, eu farei o possível e tentarei quando for a hora certa. Quando finalmente tiver uma chance. Até lá explodo por aqui, hora no nariz do palhaço da esquina, hora na vidraça empoeirada do prédio.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bonita, ainda aqui, ainda esperando, ainda sonhando, ainda exagerando em tudo.
Penso que um dia hei-de conquistar o mundo ou um pedacinho dele.
Na realidade este pedacinho é tudo o que eu quero, o que me faz falta.
E quando vou poder dizer meu nome sem tremer? No fundo sempre tenho esse medo de ser reconhecida e automaticamente etiquetada. Não quero ser um nome. Não quero ser conceituada, nem associada com o que quer que seja. Quero fugir para o meu pedacinho de mundo e ficar quieta, muita quieta, mas não morta, ainda não.

Ps. Amo-te!

galáxia catatau disse...

bom saber que tu existes e que és minha irmã querida