quarta-feira, 19 de setembro de 2007

na plataforma do ônibus

acaba de passar por mim uma moça com passinhos apertados.
parece que suas pernas estão presas a alguma traquitânea invisível que lhe permite passinhos de no máximo 20 cm.
no rosto dela nenhum traço de desassossego...apenas insiste em andar dessa maneira não sei porque
(fica parecendo que defecou involuntariamente nas calças ou que seus pentelhos estão amarrados de uma maneira trágica!)Fico pensando em quem ganha e em quem perde e como ela deixa distâncias longas pra trás com passinhos tão curtos - parece ter medo de fazer avançar tempo e espaço...
Na verdade mesmo, ela nada representa pra mim e nem mesmo o seu ato de passear tão curtamente representa droga nenhuma....(nem ao menos sei o que me faz escrever tanto sobre ela....)
Um passo curtinho, amarrado invisivelmente! Uma cara impassível e a sensação de que dalí não tiro nada....só que ela poderia avançar um pouco mais a frente

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