
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
linha do horizonte
Só sabe quem viu pela sombra da noite afora do lado de dentro
Só sabe do frio o calor
Só pensa água o que ta seco
Só fala o silencio
Só ouve barulho
Sem vozes
Sem cheiro
Sem pudor algum ao mentir
Sem saudade
Sem dor
Sem amor
Você me diz que a matemática é outra e pra deixar tudo como está
Você me diz que sim e não na mesma frase
Consegue ser frio e quente
Doce e amargo
Consegue ir sem sair daqui de dentro
Consegue me espreitar em silêncio
Meu on meu off
Minha pedra de sal
Meu doce mel
Compondo atravessado esse não poema...
Risonho menino e triste figura
A dor do peito nem foi maior que o bem que fez
Mas conseguindo
Desvencilhando-me dessa e de outra onda
Caindo numa vaga maior ainda
Mas é aqui que respiro
Só sabe do frio o calor
Só pensa água o que ta seco
Só fala o silencio
Só ouve barulho
Sem vozes
Sem cheiro
Sem pudor algum ao mentir
Sem saudade
Sem dor
Sem amor
Você me diz que a matemática é outra e pra deixar tudo como está
Você me diz que sim e não na mesma frase
Consegue ser frio e quente
Doce e amargo
Consegue ir sem sair daqui de dentro
Consegue me espreitar em silêncio
Meu on meu off
Minha pedra de sal
Meu doce mel
Compondo atravessado esse não poema...
Risonho menino e triste figura
A dor do peito nem foi maior que o bem que fez
Mas conseguindo
Desvencilhando-me dessa e de outra onda
Caindo numa vaga maior ainda
Mas é aqui que respiro
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Tecendo a Manhã
João Cabral de Melo Neto
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
sem título

tenho um amigo que sempre falou comigo como se eu fosse adulta, desde que eu era pequena ele faz isso.
sempre ouvi na sua voz coisas duras, nunca sem carinho, mas é como se vira-e-mexe ele precisasse abrir meus olhos sonhadores quase sempre fechados.
é importante ter alguém assim pela caminhada fatigante da vida e é imprescindível tê-lo atento com o seu implacável olhar sobre os acontecimentos. Alma velha, parece que já viveu mil anos mas ninguém sabe porque aparenta uma incrível juventude.
Por mais sêcas e cítricas que sejam suas palavras, é ele quem me fala como se fosse necessário o estalar dos dedos depois de cada hipnose.
não quero ser boa nem má, dois extremos cheios de pecado. quero a verdade nos meus gestos cheios de vida ainda e é ele quem me aponta, com os dedos duros feito pedra, numa direção qualquer.
como diz o sábio Lui: "-diga-me que estas só e te mostro alguém afim de dividir um café!"
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